sábado, 12 de maio de 2018

O FIM DE UMA ERA

O FIM DE UMA ERA

Grande parte dos alvos dos ataques da (Nova) esquerda na verdade não são aquilo que foi diretamente construído pelo Cristianismo, mas pelo próprio humanismo. Os protestos, as lutas e muitas guerras do fim do séc. XX são a modernidade devorando-se a si mesma.

Nietzsche inaugurou o ataque pessimista contra o narcisismo iluminado: a onipotência do homem foi substituída pela falta de sentido e pelo reconhecimento da fraqueza humana. Tal reconhecimento abriu espaço para a rejeição da indiferenciação da abstração iluminada e para a defesa do sujeito "excluído", vulnerável. O coletivismo e o individualismo duelam violentamente pelo reino humanista, sem possível solução.

Darwin atacou a superioridade do homem moderno, condenando-o como um mero animal. A própria razão humana, com ele, perde muito de seu vigor, por não passar de um fenômeno dentro de um processo.


Freud lançou desconfiança sobre tudo o que o homem pensa de si e revelou sua escravidão interna.

Os sonhos do progresso dos últimos séculos foram substituídos pelo apocalipse climático; o sonho de domínio da natureza pelo novo ideal de ciência deu lugar à "vingança" da natureza contra o homem.

O romantismo rebelou-se contra o racionalismo.

O abstrato da arte abandonou a linha reta.

A era humanista está no fim.

O desespero lançou as gerações do pós-guerra no misticismo, nas drogas, na fuga de uma realidade onde tudo o que foi construído não cumpriu o prometido e não pôde satisfazer as necessidades humanas.

Um novo início era requerido, ou a espera do fim.

O homem humanista só tem três opções:

(1) reconhecer a raiz do problema como sendo o conceito moderno de autonomia da personalidade humana e voltar pra Cristo;

(2) manter-se na confusão de sua própria dialética e seguir odiosamente rumo ao abismo da fragmentação; ou simplesmente

(3) sentar numa cadeira e escutar Pink Floyd (que eu sei apreciar, aliás) conformado e grunhindo ante o terror da realidade.

Ou talvez, ainda, fingir que não há nada de errado e esperar a morte chegar.

Basta apenas o sopro da boca de Cristo. Ele vencerá.

por Antonio Vitor.

Nota: quase tudo aqui é insight de Rushdoony.

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