sábado, 12 de maio de 2018

EVOLUCIONISMO - PARTE 2: CONSEQUÊNCIAS

1. O Darwinismo foi o ápice e a nêmese do Iluminismo ao mesmo tempo.
"Os pensadores iluministas enfatizaram a supremacia da razão humana e viram a natureza como a fonte da lei, dando-se ao luxo de selecionar e fatiar quais elementos da tradição cristã eram racionais e refletiam as leis da natureza. Charles Darwin, contudo, destruiu a possibilidade da natureza como fonte da lei. Ele reviveu a antiga ideia pagã do caos como regenerador. Procurando por um mecanismo naturalista para a evolução biológica, Darwin entronou o acaso como a base operacional da natureza. Na medida em que o pensamento evolucionista esticou os milhares de anos de Darwin em milhões de anos, o pensamento moderno perdeu a fé na razão. Dados os novos pressupostos sobre o homem na antropologia evolucionista, a razão veio a ser vista como um fenômeno retardatário na cena humana. O Darwinismo humilhou os dois pilares em que o homem moderno lutou para legitimar seu humanismo." - Mark Rushdoony.

2. O Darwinismo e a convulsão revolucionária.

Quando observada por um cristão atento, que com cautela e discernimento reconhece a árvore pelos frutos, a obra de Charles Darwin não só pode como deve ser vista como verdadeiramente maligna. Seja no niilismo, no marxismo, no existencialismo, no pragmatismo, na relativização da vida humana no aborto, na eugenia, nas técnicas psicológicas e educacionais de controle social, na destruição da fé e da razão, na desespiritualização das relações sociais,... em tudo isso podemos encontrar as impressões digitais de sua obra. Nietzsche, Stalin, Marx, Freud, Hitler, Dewey, Sanger [sim, até no feminismo o evolucionismo teve efeitos] e tantos outros acharam em Darwin uma mentira destruidora que trouxe o mundo ocidental ao colapso.

O evolucionismo conduz ao rompimento entre o futuro e o passado, razão pela qual ele impulsiona a revolução, especialmente o progressismo em nossos dias. Para o darwinismo, não mudar significa morrer. A perspectiva evolucionária impulsiona à mudança e a conclusão lógica é a de que a sociedade precisa mudar para sobreviver. A mudança deve ser encorajada, a história deve ser desacreditada. A mudança contínua da sociedade, então, torna-se uma proteção para a sociedade; devemos mudar para sobreviver. Tornamo-nos uma sociedade do "vir a ser". Sem pestanejar, reconhecemos nisto que o darwinismo é uma filosofia da existência. Em vez de preservarmos as leis, as instituições - como a própria família -, a propriedade e as leis, deveríamos destruí-las, porque elas são regressivas. Desta forma, a partir do séc. XX, especialmente, o abismo entre o presente e o passado torna-se omnioso porque as soluções do passado não funcionam para hoje; precisamos mudar pra sobreviver. As leis acabam influenciadas pelas mudanças sociais. Aquilo que o homem pecador julga como necessidade ou conveniência torna-se o padrão das leis. O homem torna-se legislador e também predestinador, que quer conduzir o mundo a um objetivo previsto pelo próprio homem. A revolução sexual, o feminismo, e tantos outros movimentos atuais, brotam da semente darwinista. A sabedoria eterna de Deus e a sabedoria milenar dos homens é menosprezada. A moral cristã é "algo do passado". Não há fórmulas para a sociedade, exceto a do momento. E isso conduz o homem existencialista a jogar-se ainda mais profundamente no momento presente, elegendo o 'carpe diem' como seu lema. Nesse contexto, surge o pragmatismo, que adaptou essa necessidade de mudança, com nomes como John Dewey e principalmente Oliver Wendell Holmes. Isto está por trás do ativismo judicial de nossos dias em todo o Ocidente. 


A Cidade dos Homens e a Cidade de Deus tornam-se cada vez mais perceptíveis em sua insolubilidade. O joio e o trigo crescem e são reconhecidos.

3. Niilismo.

Revisando algumas músicas que compuseram as playlists da minha adolescência, eis que me deparo com "Do The Evolution", do Pearl Jam, e vejam o quanto eu nadava em niilismo. O clip desta música é absolutamente niilista, esse relato pessimista da agonia do homem. A referência central da letra ao evolucionismo também é extremamente relevante e aponta para o papel crucial que Darwin desempenhou, não apenas no ataque à cosmovisão cristã, mas na desilusão dos humanistas em sua esperança escatológica de um paraíso terreno futuro. Tudo é cinismo, caos, absurdo e não existe sequer um sentido para a história, que nada mais é do que uma luta incessante por poder, onde o próprio conceito de "evolução" perde a consistência.

https://www.youtube.com/watch?v=aDaOgu2CQtI

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