sábado, 18 de abril de 2015

As Diferenças entre Países Protestantes e Países Católicos






"Nossas liberdades americanas estão sendo ameaçadas hoje por dois sistemas totalitários, o Comunismo e o Catolicismo Romano. Nós não podemos entender adequadamente esse problema a menos que tenhamos consciência que o tipo de Catolicismo Romano que se vê nos Estados Unidos não é, em sua maior parte, o verdadeiro Catolicismo Romano, isto é, não é o Catolicismo Romano como ele existe onde ele é a força dominante na vida da nação, mas uma forma modificada e comprometida que ajustou-se à vida com uma maioria Protestante." (Lorraine Boettner) 




[Quero antes de mais nada explicar toda a relevância desse texto. O sucesso dos países reformados não aconteceu  por acaso, mas foi fruto da visão que a teologia (especialmente a Calvinista) tem da política, da liberdade, da autoridade, da consciência individual, do comércio e de toda cosmovisão reformada. Os países Católicos Romanos, como veremos em publicações futuras, possui uma visão do homem e da sociedade basicamente aristotélicas e sua cosmovisão deixou seus países incapazes de defenderem-se contra os princípios revolucionários, ou pelo menos, com uma defesa muito menor do que a resistência oferecida por países reformados.

As citações a seguir foram retiradas do livro Roman Catholicism (especialmente dos capítulos 1 e 2) escrito por Boettner durante a Guerra Fria. Elas são um sério alerta contra as "boas intenções" de Católicos Romanos dentro do ecumenismo Conservador Pró-Vida e fornecem uma amostra de como eles estão se infiltrando em países protestantes e influenciando-os. Infelizmente eu não pude traduzir tudo pra não tornar a leitura demasiada cansativa, e destaquei apenas aquilo que me pareceu mais relevante. E é claro também que esse texto está longe de esgotar o tema.]



As Diferenças entre Países Protestantes e Países Católicos

"Nós não hesitamos em dizer que a maior parte das nações Católicas Romanas, se tivessem sido deixadas a si mesmas, há muito tempo teriam caído vítimas do Comunismo. Com toda probabilidade, ambas, Itália e França, teriam tornado-se Comunistas no encerramento da Segunda Guerra Mundial não fosse pela ajuda americana e toda a influência política de nosso governo exercida licitamente naqueles países, e mesmo assim o resultado durou sem dúvida por um tempo considerável. O Vaticano apoiou o Fascismo de Mussolini e suas políticas militares, incluindo a conquista da Etiópia (que foi condenada pela Liga das Nações e por praticamente todos os países civilizados do mundo), sua abertura e apoio extensivo a Franco na Espanha com tropas e armas, e sua invasão da Albânia e Grécia. Depois a Itália entrou na guerra ao lado da Alemanha Nazista, a Igreja Romana apoiou o esforço italiano, o que significa, é claro, que nosso trabalho de conquista da guerra de forma bem sucedida foi feita muito mais duramente. Durante a guerra, o papa Pio XII deu suas bençãos a um grande número de tropas italianas e alemãs que apareceram diante dele de uniforme. Com a derrota da Alemanha e da Itália aquelas políticas causaram forte ressentimento popular. É provável que, na desordem que seguiu a infame queda de Mussolini, a Igreja Católica Romana teria sido derrubada de um modo muito parecido com o que a Igreja Católica Ortodoxa na Rússia foi derrubada quando o regime Czarista caiu no fim da Primeira Guerra Mundial, não fossem as forças militares americanas que preservaram a ordem na Itália. Na Rússia, uma igreja morta e meramente formal perdeu o respeito do povo e tornou-se identificada com o despotismo do Czar já que ele foi a cabeça de ambos, do estado e da igreja. Quando o povo levantou-se raivosamente e jogaram fora a igreja com isso e foram para o outro extremo, o ateísmo. Esse tem sido constante mente o caso onde as pessoas conhece apenas uma igreja. Quando ela torna-se corrupta eles não têm alternativa a não ser posicionarem-se contra a religião em conjunto.


No vídeo acima, o massacre fascista contra a Etiópia, suportado pelo Catolicismo Romano.


Na crítica eleição italiana ocorrida depois da guerra, em abril de 1948, os Comunistas fizeram um grande esforço pra tomar o controle do governo, mas uma coalizão de outros partidos foi organizada para conquistar a maioria. Hoje o maior partido Comunista fora da Rússia e da China Vermelha é encontrado na Itália Católica Romana, morada do papado, precisamente onde, se o Catolicismo Romano fosse a defesa efetiva que afirma ser, nós encontraríamos o destino derradeiro do Comunismo. Aproximadamente um terço de todos os eleitores na Itália hoje são comunistas, como são aproximadamente um quarto daqueles da França.

O Catolicismo Romano se opõe ao Comunismo, é claro, como um sistema totalitário opõe-se a outro. E por um propósito de propaganda ele até intenciona apresentar-se a si mesmo como chefe da oposição, com o maior baluarte, contra o Comunismo. Mas o fato é que durante os últimos cinquenta anos o Comunismo fez grandes conquistas nas nações Católicas Romanas, tanto na Europa quanto na América Latina, enquanto as nações protestantes, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, o Canadá, a Holanda, a Noruega, a Suécia e a Dinamarca, têm sido seus mais efetivos oponentes. Esse é na realidade um pequeno passo de uma igreja totalitária para um estado totalitário, desde que o povo tem sido treinado a aceitar a autoridade como imposta sobre eles antes de pensarem por si mesmos e planejarem seus próprios negócios.

Em seu seu livro muito informativo, “American Freedom and Catholic Power”, Paul Blanshard, um sociólogo americano e jornalista que escreveu extensivamente sobre a relação estado-igreja, disse:
“Em muitas das grandes crises na Europa o Vaticano tem, através de colaboração passiva ou ativa com o Fascismo, pesado a balança do poder contra a democracia. ... Ele alinhou-se com as forças mais reacionárias na Europa e América Latina. É claro que não é por acidente que as duas nações mais fascistas do mundo hoje – Itália e Portugal – sejam nações Católicas cujos ditadores têm sido abençoados pelo papa e são conpiscuamente fieis a ele! A afinidade do Vaticano com o fascismo não é nem acidental nem incidental. O Catolicismo condiciona seu povo a aceitar censura, através do controle, e finalmente a ditadura.” (Rev. Ed., 1958, p. 291; Beacon Press, Boston).
E o Conde Coudenhove-Kalergi, um Católico Romano, diz:
“O Catolicismo é a forma fascista de Cristianismo do qual o Calvinismo representa a asa democrática. A hierarquia católica descansa inteira e seguramente no princípio de liderança com o papa infalível em comando supremo para a vida nesse mundo. ... Como o partido Fascista, seu sacerdócio torna-se o mediador para uma minoria anti-democrática legislar por uma hierarquia. ... Nações Católicas seguem as doutrinas fascistas mais voluntariamente do que nações Protestantes, que são as maiores defensoras da democracia de fato. A Democracia coloca as dificuldades a cargo da consciência pessoal; o fascismo, na autoridade e obediência.” (Crusade for Pan-Europe, p.173).
É fato indiscutível que os países Protestantes da Europa e a América têm sido comparativamente fortes, prósperos, iluminados e livres, enquanto os países Católicos Romanos permaneceram relativamente estacionados ou estagnados e têm sido apoiados economicamente e politicamente por nações Protestantes. A lição da história é que o Romanismo significa a perda da liberdade religiosa e o controle do progresso nacional. Se depois de viver nos Estados Unidos alguém que não estava esclarecido a respeito do contraste entre as culturas dos países Protestantes e Católicos Romanos fosse visitar algum país Católico Romano na Europa ou na América Latina, não apenas para ver lugares quem têm sido marcados pra atrair turistas, mas para viver por algum tempo entre as pessoas comuns, isso deixaria-o com o coração doente por ver a ignorância, pobreza, superstição, analfabetismo, supressão da liberdade religiosa, e prostituição legalizada que, particularmente na América Latina, é encontrada em praticamente toda cidade de qualquer tamanho. 

Governos em países Católicos Romanos têm sido extremamente instáveis. Repetidamente as pessoas derrubam seus governos. Praticamente todos aqueles países têm sido governados por ditadores em vários momentos, e algumas vezes por longos períodos. Desde a Segunda Guerra Mundial, a França tem crises governamentais repetidas, até uma situação mais estável ter sido alcançada com a ascensão do presidente General de Gaulle e os poderes ditatoriais a ele conferidos. Itália teve 32 crises governamentais em 25 anos, e atualmente, como na França, caracterizada pela demissão do governo, seguiu-se um período de insegurança e paralisia até a eleição que uma nova eleição foi realizada ou um novo alinhamento de partidos foi trabalhado. A Espanha, que é comumente apontada como o modelo de Estado Católico Romano, é governado em concordata com o Vaticano, tem um único partido político, o clerical-fascista partido do General Franco, e tem estado sob a ditadura de Franco desde 1938. Portugal, também, é um estado clerical-fascista, debaixo da ditadura de Antonio Salazar. Naquele país a queda da monarquia em 1910 foi seguida por um período de caos político e econômico, com 40 mudanças governamentais em 18 anos, até que Salazar tornou-se ministro de finanças em 1928 e o primeiro ministro ditatorial com poderes ditatoriais em 1932, cuja posição manteve-se desde então. Nas nações Latino-Americanas, a derrubada de governos nacionais, seguidas por períodos de ditadura, têm ocorrido repetidamente durante os últimos 15 anos – Aqueles como Argentina, Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Cuba, Chile e Nicarágua tendo sido os mais recentes.

Não podemos deixar passar como mero acaso que os governos de Países Protestantes, como os Estados Unidos, Inglaterra, Grã-Bretanha, Canadá, Holanda, e os países Escandinavos, tëm sido estáveis por longos períodos de tempo enquanto os países Católicos Romanos têm sido tão instáveis. O resultado é, em parte, causado finalmente pelo contraste das doutrinas da relação que deve existir entre Igreja e Estado. O Protestantismo ensina que a Igreja e o Estado têm, ambos, uma origem divina, que cada um é supremo em sua própria esfera e independente do outro. O Romanismo defende que o poder vem para o Estado através da igreja, e que a igreja e o estado devem unir-se com a igreja colocando-se na posição superior, que o papa como representante de Deus na terra está acima de governantes temporais, sobre os reis, presidentes e governadores, que é papel do estado manter a atmosfera favorável para a Igreja Católica Romana, sustentando-a com dinheiro público enquanto coloca restrições em todas as outras igrejas, e que o estado deveria cumprir o papel da igreja em punir hereges. Tais doutrinas minam governos pelo enfraquecimento da confiança do povo neles, enquanto as doutrinas Protestantes fortalecem-os e dão-lhes suporte. Por toda a história a Igreja Romana tem solicitado poder do estado, mas nunca prazerosamente renunciado poder ao estado.

Nós testemunhamos um fenômeno estranho no mundo hoje. Enquanto as pessoas dos países predominantemente católicos estão lutando para livrar-se do jugo da Igreja Católica, países protestantes estão recebendo-a de braços abertos e permitindo que ela dite políticas de estado, educação, medicina, vida social, entretenimento, jornal e rádio. E em nenhum país protestante essa tendência é mais claramente vista do que nos Estados Unidos. Por 32 anos, 1928-1960, um de nossos maiores partidos políticos [o Partido Democrata] teve uma linha inquebrável de filiados que eram membros daquela igreja, e em 1960 isso refletiu na eleição de um católico romano para a presidência dos Estados Unidos. Embora a Constituição proíba o favor a uma igreja a despeito de qualquer outra, repetidamente nos últimos anos doações têm passado pelo Congresso com a assinatura de presidentes nominalmente protestantes garantindo muitos favores substanciais à Igreja Católica Romana. Mais de $24.000.000,00 de dólares do dinheiro público foram dados à Igreja Católica Romana das Filipinas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, alegadamente para os danos da guerra, enquanto com dificuldade apenas um décimo dessa quantia foi dada a protestantes, judeus e outras denominações naquele país. Em junho de 1956, o Congresso passou, e o presidente Eisenhower assinou, uma doação ao Vaticano de quase 1 milhão de dólares ($964.199,00) para a reforma da casa de veraneio do papa em Castel Gandolfo, fora de Roma, na Itália - alegadamente por conta de danos de guerra causados pela Força Aérea americana, ainda que o Departamento de Estado tenha afirmado que este país não tem responsabilidade por tais danos. Em anos eleitorais, quando ninguém quer votar contra os candidatos da Igreja Católica Romana, o Congresso é particularmente vulnerável a tais pressões. Mas nada foi feito pra restaurar as igrejas protestantes na Itália ou nos outros países atacados! Essas não tiveram nenhum lobby no Congresso pra representar suas causas. Cerca de 80% das doações sob o governo de Bill-Burton para construção de setores hospitalares nos Estados Unidos ($112.000.000.000,00 de dólares nos primeiros dez anos) foram pra instituições da Igreja Católica Romana que aquela igreja avidamente tomou pra si, enquanto a maior parte das igrejas protestantes, desejosas de manter a separação entre igreja e estado, relutaram em aceitar. Em vários lugares, especialmente em cidades governadas por oficiais católicos romanos, propriedades privadas, como escolas, hospitais, canteiros de obras, etc., têm sido dados à Igreja Católica Romana por preço de doação. Coisa similar acontece na Inglaterra, onde, por instância, escolas paroquiais recebem 95% do seu total de custos do tesouro público - mas apesar disso, a hierarquia não está satisfeita e tenta obter financiamento completo à semelhança das escolas públicas, o que, certamente, é um aviso claro do que a Igreja Católica gostaria de alcançar naquele país. 

Mas a verdadeira causa do crescimento e sucesso dos Católicos Romanos  não é encontranda tanto em sua política agressiva de infiltração em governos, escolas, imprensa, rádios, etc., nem em seu código moral frouxo. Ele é encontrando antes na indiferença de Protestantes em sua falta de devoção para sua própria mensagem evangelística. A teologia modernista e liberal destruiu muitas igrejas que elas mantiveram pouco zelo para propagar sua fé. Deixe o evangelicalismo retornar para sua mensagem evangelical e ao zelo missionário que governou os cristãos primitivos, e deixe os Protestantes desafiarem Roma para abrir o debate e mostrar as doutrinas que distinguem os dois sistemas, e será visto que o que Roma não quer é discussão pública. Roma prefere buscar seus alegados “direitos” e ter eles aceitos sem muito questionamento. Mas o Protestantismo tem a verdade, e pode vencer essa batalha a qualquer momento desde que force a questão.

A esse respeito, J. Marcellus Kik, editor associado do Christianity Today, escreveu:
“Se ainda existe um remanescente de paganismo e papismo no mundo é culpa inegável da igreja. A Palavra de Deus é tão poderosa em nossa geração quanto era durante a igreja primitiva. O poder do Evangelho é tão forte nesse século quanto nos dias da Reforma. Esses inimigos poderiam ser completamente varridos se os cristãos dessa era fossem tão vigorosos, tão ousados, tão zelosos quanto os Cristãos eram nos primeiros séculos e no tempo da Reforma.” (Revelation Twenty, p.74).
Protestantes não desejam controvérsia pela controvérsia, e constantemente evitam engajar-se nisso. Mas nesse tempo de tensões crescentes essas questões certamente precisam ser encaradas. Roma continua a pressionar sua propaganda. Onde eles são maioria, conseguem privilégios especiais para si mesma e coloca restrições ou proibições para outras igrejas. Onde ela é minoria, pede favores especiais, favores que jamais são concedidos aos Protestantes em países católicos, e procuram silenciosamente infiltrar-se em governos, escolas, imprensa, rádio, hospitais, etc. Quando Protestantes são a maioria eles tendem a ignorar essas coisas. Mas quando questões de maior importância emergem, como a nomeação de um embaixador americano para o Vaticano, ou a nomeação de um católico romano para presidente dos Estados Unidos, a oposição Protestante torna-se audível. Há poucos anos atrás, quando o presidente Truman enviou o nome do General Mark Clark para o Senado para que fosse confirmado como embaixador do Vaticano, houve vigorosos protestos e um debate em larga escala quando o General Clark pediu que seu nome fosse retirado. Tudo o que a hierarquia pôde fazer foi correr por proteção e chorar “intolerantes” e “perseguidores” a qualquer um que se opusesse a tal aliança com o Vaticano. Eles definitivamente não quiseram um debate público. Mas o resultado desses eventos é trazer à tona as questões que normalmente são mais ou menos encobertas, e criar oportunidade para discussão dessas questões e seus méritos.

O tipo de sociedade que o Catolicismo Romano produziu em outros países onde ele foi dominante serve como um grave aviso do que podemos esperar se ele se tornar dominante aqui. Precisamos de aviso mais claro do que esse? Vejamos as condições daqueles países e perguntemos a nós mesmos se uma América Católica Romana é o tipo de herança que queremos deixar pra nós mesmos e o tipo que queremos deixar para as próximas gerações. Através da indiferença dos Protestantes e da agressividade dos Romanistas nós estamos correndo o perigo de perder muitas coisas que fizeram dessa uma grande nação."
Tradução por Antonio Vitor. Soli Deo Gloria.

Que Deus nos ilumine e nos dê sua Graça.