sábado, 12 de maio de 2018

IMPOSTOS E IGREJA

IMPOSTOS E IGREJA.
"Se os EUA tentassem taxar cidadãos e organizações canadenses, isso envolveria um requerimento de jurisdição, de autoridade legítima. Nós esperaríamos que os canadenses recusassem-se a pagar impostos aos EUA porque o requerimento de jurisdição é inválido. Semelhantemente, nós devemos recusar todos os requerimentos de jurisdição estatal sobre a igreja. A taxação de uma igreja é um requerimento de soberania sobre a igreja e sua cabeça, Jesus Cristo. Taxar a igreja é roubar a propriedade de Jesus Cristo, e dar renda a impostos é desistir do que não é nosso por direito."


- Mark Rushdoony.



De onde sairia o dinheiro dos impostos cobrados de uma igreja? Dos dízimos e ofertas. Mas dízimos e ofertas são propriedade de quem? De Jesus Cristo. Não de César. São de Cristo. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Taxar as igrejas é taxar Cristo e sua obra.

Os projetos de lei que propõem o fim da isenção de impostos da igreja partem do pressuposto de que o estado é o supervisor de tudo o que existe, como a instituição suprema do mundo. Dentro da cosmovisão humanista, o estado assume este posto como a encarnação da razão, daquilo que há de mais elevado na natureza. Presume-se portanto que a isenção de impostos da igreja é uma graça estatal, uma concessão benevolente e que pode ser retirada. Contudo, a isenção de impostos da igreja não é fruto de um favor do estado, mas do reconhecimento da igreja como submissa a Cristo como rei, de quem recebe sua liberdade e sua garantia de existência. É uma conquista do Cristianismo ao longo dos séculos e ao custo de muito sangue. O estatismo crescente é resultado da expulsão de Deus da vida pública e, com Ele, da liberdade, pelas mãos de um estado que não deve satisfações a ninguém, exceto a seus devaneios utópicos e totalitários. O que o Ocidente entende por liberdade política (ou pelo menos entendia) é um fruto da antiga liberdade cristã, construída através dos séculos. Apenas Deus honrado em sua soberania pode limitar o Estado. [Reflexões sobre Rushdoony.]

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Quão triste é ver cristãos, talvez até querendo agradar os não-cristãos, submetendo-se a tal tirania! A alegação de que tais impostos serviriam para estimular a saúde e a educação é cínica e também dependente de pressupostos terrivelmente equivocados. Os maus pastores, como o Bispo Macedo e outros, têm sido usados como motivo para o fim da isenção de impostos. Que fique claro: isto é uma espécie de vingança. A punição para tais falsos pastores não é o fim da isenção de impostos, mas a excomunhão dos mesmos. A igreja precisa buscar mecanismos bíblicos para resolver estas aberrações, ao invés de render-se a um mecanismo anti-cristão e estatista.


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É verdade - e útil para o debate que se reconheça - que impostos sobre as igrejas favorecem exatamente os mercadores da fé como Macedo e Cia. e prejudicam as pequenas igrejas genuínas. No fundo, a querela pela taxação de igrejas nada mais é do que sadismo anti-cristão sob máscara de falsa piedade humanista. "Aceitem ser taxados por amor às criancinhas, seus malvados." Eles querem apenas prejudicar a religião de alguma forma. 


Devemos gritar: "Liberdade!" A igreja serve a Cristo, não a César. A soberania das esferas deve ser reconhecida. O fato também é que nossa geração esqueceu as razões que levaram o Ocidente a buscar liberdade e agora flerta com o deus-estado que de todos cobra sacrifícios, dízimos e ofertas.

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