sábado, 12 de maio de 2018

DEUS, CÉSAR E A LIBERDADE CIVIL

Quando Cristo diz "Dai a César o que é de César", está dizendo que temos obrigações para com os governantes; não está dizendo de forma nenhuma que os governantes não têm obrigações para com Deus. Quem disse que "não temos rei senão César" foram os que queriam o Senhor morto. 

Supor que os governantes não têm obrigações para com Deus equivale a dizer que eles são livres de amarras morais para matar quem quiserem, que são soberanos em si mesmos; e seu governo logo torna-se tirania. Sem a lei transcendente e eterna de Deus, o estado não conhece limites. Isso é verdade somente no tocante à autoridade civil, mas a quaisquer autoridades; pais que não prestam contas a Deus também podem ser tiranos. Sem Deus, a natureza humana pecaminosa conduz ao abuso da autoridade. Somente o Cristianismo pode prover verdadeira liberdade civil, por negar ao estado o status de divindade que o pensamento pagão concede ao governante. Esta foi a causa da perseguição sofrida nas mãos dos imperadores romanos nos primeiros séculos.

Quando o ocidental moderno fala de liberdade, ele se refere a ela em outro sentido: liberdade contra Deus. E isso significa finalmente uma fuga da responsabilidade individual e uma busca por escravidão estatal. O homem moderno só tem interesse, quase que exclusivamente, em liberdade sexual, mesmo que isso seja apenas um disfarce para sua escravidão disfarçada.

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